Ponto de coleta de esponjas usadas na UFSC

25/09/2018 17:58

Luiza Della Giustina / Estagiária de Jornalismo

A UFSC, a partir de uma iniciativa estudantil, já tem seu ponto de coleta de esponjas usadas. As esponjas doadas são revertidas em recursos para entidades sem fins lucrativos ou escolas.

Uma marca de esponjas, em parceria com a Terracycle criou o Programa Nacional de Reciclagem de esponjas de uso doméstico. Ele disponibiliza coletores para arrecadação de esponjas que serão posteriormente recicladas. Além disso, pode-se reverter os produtos entregues em doações. Desde sua existência, já foram arrecadadas 1.006.375 unidades em 117 pontos, totalizando R$ 28.056,26 doados.

Para participar do projeto, os interessados se cadastram no site e enviam gratuitamente as esponjas, que podem ser de qualquer marca, para a Terracycle, revertendo cada unidade em R$0,02 de doações para uma entidade sem fins lucrativos ou escolas. Para pontuar, as caixas devem ter no mínimo 500 gramas de produtos, ou seja, quase 60 unidades (8,5g cada).

A pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, Elisângela Schneider teve a iniciativa de colocar um ponto de coleta no prédio da Engenharia Sanitária e Ambiental na UFSC. Ela participa do programa por meio da coleta e envio das esponjas para a Terracycle, empresa responsável pelo encaminhamento dos resíduos. Conversei um pouco com ela sobre sua motivação, como está a iniciativa e a importância da comunidade universitária se envolver em ações para a promoção da sustentabilidade.

Luiza: O que te motivou a recolher as esponjas?

Elisângela: A minha motivação é que toda ação conta no intuito de melhorar o mundo onde vivemos, principalmente em relação ao meio ambiente.

L: Você leva as esponjas coletadas na UFSC para os centros de coleta deles?

E: Eu envio pelo correio para eles.

L: E você faz isso vinculada a algum projeto, laboratório ou núcleo ou é iniciativa sua?

E: Isso é iniciativa minha mesmo, mas como sou Pós-Doc do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental, acaba que faz todo sentido.

L: O valor é revertido para uma instituição, certo? É uma da sua escolha ou a empresa que escolhe?

E: Isso mesmo. A gente pode escolher.

L: E para qual você destina ou pensa em destinar?

E: Como eu ainda não enviei nenhuma caixa, precisa de uma quantidade boa de esponjas, ainda não defini para qual instituição. A princípio a minha ideia era ajudar o Seove (Sociedade Espírita Obreiros Vida Eterna) no Campeche.

L: Qual é a quantidade de esponjas que é necessário para realizar uma primeira doação?

E: Tem que ter pelo menos 500g na embalagem e cada esponja tem aproximadamente 8,5g.

L: Quantas esponjas têm até agora?

E: Já consegui coletar 30. Até agora não houve muita adesão…Estou pensando em colocar outros pontos de coleta na UFSC.

L: Como você vê essas iniciativas na UFSC e no próprio ambiente acadêmico?

E: Eu acho que a universidade também existe para auxiliar a comunidade como um todo. Por exemplo com este tipo de iniciativa. Mas o que eu vejo às vezes é que pessoas que estão cursando engenharia sanitária e ambiental não se preocupam com coisas pequenas, mas tão relevantes para o meio ambiente,
como separar o lixo reciclável, usar somente o mínimo necessário de papel toalha no banheiro , apagar a luz ao sair e tantos outros exemplos. Me parece que falta empatia das pessoas para tornar o mundo melhor. Tanto falam de corrupção, mas são incapazes de jogar seu lixo no local correto.

L: Você julga importante a universidade estar envolvidas em ações que não estão diretamente ligadas ao conhecimento acadêmico?
E: Com certeza, senão não faz sentido fazer pesquisa se não pode ser aplicado na melhoria do mundo onde vivemos.

O posto de coleta está localizado no primeiro andar do prédio da Engenharia Ambiental e Sanitária, no Centro Tecnológico, em cima do coletor da Coleta Seletiva no da UFSC.

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Qual a importância do descarte correto das esponjas?

As buchas sintéticas (esponjas) são feitas de um tipo de plástico chamado poliuretano. Ele tem como característica a rigidez, ou seja, não amolece nem mesmo com o calor. Por isso, esse tipo de plástico é de difícil reciclagem, mas existe a possibilidade de reutilizar os rejeitos desse produto, na composição de pisos ou pistas de atletismo, entre outros.
Mas é difícil encontrar um local que aceite esse material para a reciclagem, porque ele costuma vir contaminado e a descontaminação costuma ser cara. Outro problema associado ao poliuretano é o dano que ele pode causar à saúde. Infelizmente, é muito comum que as pessoas descartem as esponja de cozinha no lixo comum, fazendo com que elas parem nos lixões e aterros e prejudicando o meio ambiente

Fonte: ttps://www.ecycle.com.br/component/content/article/57-plastico/200-o-que-fazer-com-a-esponja-de-cozinha.html

Mais informações sobre o projeto no site https://www.scotch-brite.com.br/3M/pt_BR/scotch-brite-br/terracycle/