Santa Catarina e a UFSC em alerta com a Dengue

26/04/2023 13:44

O boletim divulgado na última segunda-feira (10) pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE) registra sinais de alerta para os casos de dengue em Santa Catarina. Desde o início do ano, foram contabilizadas 44.908 suspeitas da doença, um aumento de 21,9% ao mesmo período em relação a 2022.

O Estado já ultrapassa a casa dos 10 mil casos e 10 óbitos confirmados,  sendo uma dessas mortes registrada no bairro da Trindade, em Florianópolis, região que abriga o maior campus da UFSC. Entre os municípios mais afetados pela dengue estão Joinville, Florianópolis, Palhoça e São José totalizando cerca de 40% dos casos confirmados no Estado, o que os levaram a decretar situação de emergência. Em dois desses municípios temos campus da UFSC, o que reforça a necessidade de protocolos e medidas preventivas no Campus e no seu entorno.

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Equipe da Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC na realização de vistorias na universidade em combate ao mosquito Aedes aegypti. Foto: Arquivo pessoal

Segundo o professor especializado na área de parasitologia e entomologia do Laboratório de Transmissores de Hematozoários da UFSC, Dr. Carlos Pinto, o aumento dos casos de dengue decorre do clima favorável à reprodução do mosquito e também pelo fator adaptativo. “Embora já tenha iniciado no outono, as temperaturas seguem altas, o que favorece a reprodução do inseto. Por se reproduzir rapidamente, o mosquito tem a capacidade de se adaptar a ambientes que não eram comuns antigamente”, afirma Carlos Pinto.

A dengue é uma doença viral transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Basta o mosquito picar uma pessoa contaminada que ele passa a ser o transmissor da doença.

A melhor prevenção é eliminar os criadouros do mosquito. Sua reprodução ocorre por meio do depósito de ovos em locais com água parada, suja ou limpa, como: caixas d’água abertas, vasos de planta, vasos sanitários abertos e sem uso, pneus  e resíduos que possam acumular água. Entre sete e dez dias o ovo vira um mosquito adulto, que vive em média cerca de 45 dias, podendo em sua existência contaminar até 300 pessoas.

Os sintomas da dengue incluem febre, dor de cabeça e muscular, vômitos e cansaço. Vale salientar que a doença pode evoluir a casos graves, ocasionando a óbito. Caso haja sinais de alerta, como sangramentos, pressão baixa, e dores abdominais pode ser indicativo de uma versão mais grave da doença. Em ambos os casos a recomendação é procurar uma unidade de saúde mais próxima e hidratar-se.

Como eliminar criadouros da dengue na UFSC

Todas as pessoas da comunidade universitária têm a responsabilidade de ajudar na prevenção da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, eliminando ou denunciando locais com água parada no campus da UFSC. Desde 2015, a UFSC possui uma Comissão de Combate à Dengue, que realiza diversas ações para prevenir a doença, incluindo educação ambiental, vistorias técnicas e recebimento de denúncias.

campanha-aedes_redes_sociais-06-300x300Se você identificar pontos de acúmulo de água durante sua passagem pelo campus, recomendamos que tome a iniciativa de eliminá-los. Por exemplo, se houver resíduos com água no chão, recolha-os e descarte-os em uma lixeira apropriada. Se não for possível, tire fotos e envie as imagens com a localização para o e-mail , canal responsável pelo direcionamento dos casos relacionados à dengue na UFSC.

Além disso, a Coordenadoria de Gestão Ambiental realiza vistorias regulares nos locais da universidade para identificar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Entre 2022 e 2023 a Coordenadoria de Gestão Ambiental realizou 125 vistorias em mais de 40 setores da UFSC. Caso você identifique um ponto com água parada no campus ou deseje uma inspeção em alguma área específica, pode solicitar uma vistoria enviando um e-mail para  ou ligando para 3721-4227. A equipe responsável irá avaliar a solicitação e agendar a inspeção, se necessário. A colaboração de toda a comunidade é fundamental para combater a proliferação da dengue, que tem causado tantos danos a todos nós.

Fontes: Boletim da dengue Santa Catarina. Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, 2023. Disponível em :<https://dive.sc.goDENGUE – DIVEv.br/index.php/dengu >. Acesso em: 10 de abril de 2023.

Confira o vídeo feito para prevenção ao mosquito Aedes aegypti, elaborado pela Coordenadoria de Gestão Ambiental em parceria com a Agecom: